...Nossa, mas que shape, heim...

Quando você houve uma coisa dessas, o que fazer?? Não dá nem pra entender se é um elogio... Mesmo porque, o shape é meio estilo "tábua de passar roupa". Mah, sei lá. Tem que rir, mesmo...

Dia pouco positivo de novo. Não deu certo o médico. O ônibus atrasou e não consegui chegar na clínica. Nem falo nada.

Aoooo inferno! - Para as senhoritas ítalo Palotinenses que virão para cá

Premissa: Admito ser de uma genialidade insuperável.
Aqui, teoricamente, não pode comprar pílula anticocepcional sem receita médica (Teoricamente por que no final das contas estamos sempre no país das pizzas...). Então, lembre-se de trazê-las do Brasil, para ser mais simples.
Caso você prefira complicar as coisas - afinal, já que não tem o que fazer, né.... Não traga o anticocepcional. Vá até a farmácia mais próxima e convença a balconista a te vender a pílula - e ela vai procurar por um anticocepcional de mesma formulação que o seu.
Se nem assim você se convencer a ir ao médico, no mês seguinte vá em outra farmácia. Encontre um balconista menos disponível que te olha torto porque você não apresentou a receita. Que te pergunta quem é o teu médico de base e em um flash de lucidez e cara de pau (e graças a Deus de distração da parte dele, porque eu fiquei roxa de vergonha) responda.
Aí resolva tomar vergonha na cara e marcar uma consulta com um médico, para pegar a abençoada da receita e não passar por situações constragedoras. Mas escolha o dia certo.
Ontem não tinha Cristo que me fizesse dormir. Às 5:30 resolvi que era hora de pelo menos deitar um pouco. Fui preparar um chá e...algum cretino deixou a latinha de chá praticamente vazia no lugarzinho dela. Com uma quantidade insuficiente a preparar um chá. (Mãe, não ouse rir). ÓDIO, ÓDIO, ÓDIO. Devo ter pegado no sono por volta das 6. E levantei às 8:30. Fui preparar meu café e...cadê o pó de café, meu Senhor!!!! Grgrgrgrgrgrgrgr... Pareço um urso panda, com duas manchas pretas debaixo dos olhos.
Saí de casa e o ônibus passou na minha frente. MERDA. Ok, espera e pega o próximo. Fui até o hospital (a minha médica de base está em Vittorio Veneto) para tentar marcar consulta. Desci, entrei e perguntei pelo "Reparto Ginecologia".
- Ah, não, senhorita, não é aqui, não. É lá no hospital Santa Chiara.
- Onde?
- No-hospital-Santa-Chiara.
- No Santa Chiara.
- Sim, senhorita, NO SANTA CHIARA!!
- Não tem "reparto ginecologia" aqui? Só no Santa Chiara?
- ISSO!! É NO S A N T A C H I A R A!!
Sei que parecia uma completa imbecil, mas não queria acreditar. Meia volta, volver! Coloco o pé na esquina e o ônibus passa. Óbvio.
Peguei o ônibus, fui até a estação de trem, troquei de ombinus, fui até o hospital Santa Chiara. No caminho a infeliz da guriazinha sentada do meu lado resolveu falar. Não, gritar. Não, na verdade ela berrava com uma vozinha estrídula. Delicioso depois de muitas horas de sono.
O hospital Santa Chiara é quase maior que Pisa. É um senhor complexo, com um montão de clínicas...é universitário e público. Mas mesmo sendo público E universitário, o pagamento do "ticket" continua sendo obligatório.
Fui direto no caixa onde pagam-se os tickets, para pedir informação a uma senhora sobre onde eu deveria ir para marcar consulta. "Ih, é lááááá no Reparto Ginecologia". - Pensa pelo lado positivo: TEM um reparto ginecologia. =)
Vai atéééééé a ginecologia. Entrei pela porta errada - a de saída - atravessei toda a clínica, aquela galera de jaleco branco te olhando com cara de ponto de interrogação enquanto eu passava por laboratórios, salas de US e eco, pelos ambulatórios...cheguei na portaria - eu quase nem cheguei pelo lado errado - e perguntei com quem eu tinha que falar para marcar uma consulta... "Ih, é lááááááá no lugar onde se pagam os tickets". =/
Precisa falar que eu perdi o ônibus de novo, antes de voltar para casa?
Cheguei na estação para trocar de ônibus, subi no certo - e correndo, porque do jeito que tá indo, é melhor prevenir, né - e não é que começa o maior auê dentro do ônibus porque uma velhinha de 94 anos se infernou com uma menina que tava com um carrinho de bebê... E aí como se não fosse suficiente o griteiro da velhinha (Por que EU tenho NOVENTA E QUATRO anos!!!) as pessoas tomaram quem partido de uma, quem de outra e começaram a discutir entre elas...Afinal...no país das pizzas... de que maneira poderia terminar senão com um grande auê?
Dê uma olhada, vale a pena: http://www.youtube.com/watch?v=ZAJNFoHuLno e, sob tantos aspectos corresponde à realidade. Quais? O estacionamento, é 100% verdadeiro... As placas, também. Assim como o celular e o esporte. A questão da pontualidade dos ônibus, da educação no trânsito e do respeito às áreas para fumantes varia de maneira inversamente proporcional à latitude, hehehe...É tudo uma questão de geografia ;) . Burocracia e eleições...hum, deixa para lá... e ah, é: café: 1000000% real. Realmente existem muuuitos tipos de café, por aqui. Mesmo que no final das contas seja só café. A organização da fila é desse jeitão mesmo... Qualquer semelhança com o Brasuca...

UFFI

Alguém pode me explicar porque são 3 horas da manhã e eu não tenho nem meia gota de sono no corpo????

QUE M!
Parada. Irritantemente parada. Estagnada. Enlouquecendo. E tendo ataques de consumismo. Jeesus. Se eu continuar desse jeito eu vou MESMO precisar de um trabalho. Que mané chocolate...o negócio é sapato.
Endorfina, endorfina, endorfina... !!! Sapato, sapato, sapato!!!!!
Definitivamente lastimável. Consumismo compulsivo e sem motivo. Aliás, um motivo eu até tenho. E um ÓTIMO motivo...para NÃO ter ataques de consumismo.
Agitação infundada. Sabe aquele estado de ânsia sem motivos que de vez em quando toma conta de ti? Pois bem. Estou assim há quase uma semana. Nos últimos dois dias a agitação tem andado de mãos dadas com a dor de cabeça. Uma dupla e tanto.
Segunda feira, semana nova, velhos propósitos. Esperando que dessa vez eu consiga algo.
Estou caindo na autocomiseração e isso é patético.
Saudades de casa. Bastantão mesmo.
Ordem e disciplina, disciplina e ordem... Um dia eu vou conseguir.
A preocupação com a beleza exterior, característica de alguns italianos, é contagiante. Estou me sentindo uma bola de capotão. Velha, mal tratada e redonda.
Ok...banho e cama...

Boa noite...

De volta (de novo)...

Ok, mais alguns muitos dias de ausência...mas me sinto um pouco apática, todo esse "dolce far niente" está me enlouquecendo, me deprime...

Fui passar uns dias na casa da Ivana, a prima do meu pai que me hospedou da outra vez que eu estive aqui. BOM de mais. Me sinto bem , lá...é como estar em casa. Pessoas conhecidas, rostos familiares (literalmente falando...) e aquela sensação de estar no lugar em que você deveria estar. Não fiz nada de especial, fiquei mais em casa do que qualquer outra coisa. Tentei dar uma mão pra Ivana que está meio atrapalhada...outra mão para a Zia Lucia (mãe da Ivana, irmã da minha nonna) que está mais atrapalhada ainda... Fui encontrar a Fiorella, esposa daquele senhor que faleceu há mais ou menos 2 meses...
Revi pessoas conhecidas...até um meu ex colega de escola!!! Nooossa, não nos viamos há quase 6 anos...dei muitas boas/ótimas risadas.... Ele se chama Fábio... Ou "Fafa", hehehe... relembrando velhos tempos....caracoles, tô ficando velha.

Sexta feira tranquila em casa, ontem não saímos... como a gente saiu na quarta feira, melhor ficar em casa, né? Eh, bhè....

Continuo preocupada com radiologia. Ai Jisus... Uffi. Não sei o que fazer. Tô preocupada, mesmo. Conversando com minha irmã ela perguntou o que eu faria se não superasse o exame. Meu, bicho, sem chance nem de considerar essa possibilidade....

...Voltei...

Ok, depois de alguns (muitos) dias de pouca vontade de me comunicar com o mundo, resolvi voltar ao mundo dos vivos...
As coisas por aqui estão muito paradas e eu estou me desanimando. A convivência com as pessoas não está simples... Na verdade, não é que ela não esteja fácil, ela não está realmente acontecendo...na facul as gurias (95% da turma é mulher) não costumam me dar nem bom dia, então já viu, né? No começo a coisa me magoou, sério... principalmente depois que dois piás estavam falando de mim, como se eu fosse incapaz de entendê-los... ou como se não falassem de mim...eles estavam na minha frente e...comentários pouco gentis que me incomodaram. Já achava que eles pensam que eu tenho malária, ou ebola ou qualquer outra doença tropical incurável... e que por isso não se aproximavam... hehehe... Mas aí a crise meio que passou, mas o relacionamento não melhorou.
O que me chateia mesmo é que quanto mais sozinha eu fico, mais me fecho em mim mesma, dificultando ainda mais a aproximação das pessoas...e aí a coisa vira um ciclo vicioso (mais um...)
Continuo sem grandes novidades. Devo ir à Vittorio Veneto ver a minha família, mas ainda não sei quando...